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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Quebra

Imagem: Letting Go -- Toni Cogdell, Bristol, UK(Exhibition Room - coldplay.com)


Folhas secas que o vento leva
devagar se distanciam ao longe
limpa o que vida já não revela
levam consigo um pedaço do todo

Inteiro que sou
fragmentos se espalham
por aí, pelos caminhos
pelos destinos, pelo ar

Um pedaço d'alma
ao norte sem norte
atônito, voa...
adeus.



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Escalada

Perceber que há barreiras que os olhos veem, a
alma sente, e até a pele toca...


Daquelas que até se sabe, claramente, como
transpor. Reflexão, conselhos, livros, e as
marteladas da vida mostram o que fazer.


Mas certas características parecem pigmentos
difíceis de se remover, ou melhor, de
transformar.


Repetição
Repetição
Repetição
Repetição


até que, de tanto repetir
e receber os alertas internos e externos,
a imensa e crescente vontade de conhecer novas e
mais belas cores de si desmancha


os velhos tons
as ultrapassadas roupas
convicções e emoções


dão lugar à incessante luta por controlar os
impulsos primeiros, os viciados hábitos que
bloqueiam a verdadeira beleza e felicidade da
paz.


É na força da construção de cada entendimento,
exemplo, cada simples porém vitoriosa conquista
que as montanhas se tornam escada, paisagem a
contemplar das alturas da liberdade do amor.

sábado, 30 de outubro de 2010

Rabiscos d'alma

"Viver é sempre dizer aos outros o quanto eles
são importantes. Por que um dia eles se vão e
ficamos com a nítida impressão que não amamos o
suficiente." (Chico Xavier)



E tudo é conectado neste emaranhado...
Penso que melhor do que tentar evadi-lo
é aceitar e fazê-lo parte
aproveitar cada fio
de algodão, nylon, cetim

Talvez um dos maiores erros
seja fugir de seus arranhões
pois que as pedras então
sirvam para descascar
o que superficial está
a obscurecedora vaidade
de ser luz sozinho, em redoma

Que fira-me a rigidez
das interpéries
dos tropeços
das decepções

Para que um dia nada mais
me possam causar
quando minh'alma aprender
que em si é gigante
porém,

é apenas nó.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Cores do grito














Sorrisos de um coração
que pulsa ao encontrar
mais que belas flores...
...transcendência de perfumes sós


Depara-se com imenso jardim
Monumental em suas formas,
cores, tons e sons!
Ritmo de vida que enebria


Que indescritível tenta gritar
De alegria pelo todo, por mais!
Inexplicável felicidade de entrega
Voa a encontrar o paraíso do bem.

sexta-feira, 9 de julho de 2010













Amanheceu.

ao som do encanto
melodia que leva o pranto
onde caminho algum sabe chegar

Brilha a luz da manhã
o começo recomeçar
a cada passo, coração sorri
espalha afeto de paz

E se uma parte se parte
Desloca, empurra, muda
Pés firmes, mãos dadas
Dançam o lapidar!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Felicidade - fora gravidade!


Hoje peço licença à minha própria poesia. Descrevo o que pulsa por entre meus canais com um trecho de "Assim falou Zaratustra", livro escrito no século XIX por um tal alemão...

Confesso que não sou grande conhecedora de suas obras e teorias "doudas", mas quando os versos de um ser tocam outro...pouco importa de onde ele veio, qual seu nome e sobrenome. O sentimento é suficiente:


"Creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão...

Ver girar essas pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que,de mim, arrancam lágrimas e canções.

Eu só poderia acreditar em um Deus que soubesse dançar.
E quando vi meu demônio, pareceu-me sério, grave, profundo, solene.
Era o espírito da gravidade. ele é que faz cair todas as coisas.

Não é com ira, mas com riso que se mata. Coragem!

Vamos matar o espírito da gravidade!

Eu aprendi a andar.

Desde então, passei por mim a correr. Eu aprendi a voar. Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar.

Agora sou leve, agora vôo, agora vejo por baixo de mim mesmo, agora um Deus dança em mim!"

(Friedrich Nietzsche)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Porvir

Que graça teriam os dias
sem mistérios para desvendar?
Sem cantos mal iluminados
flores a desabrochar...

Cantos, contos, sonhos, poesias
O esplendor de cada verso está no
escondido, mágico, ambíguo
Em cada traço latente.

Espera, anseio, desejo
Que sejam saciados
Que o calor preencha,
invada, tome conta!

Mas que o frio volte
Traga novos segredos
novas frestas por onde espiar
alimento da alma a sonhar.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Respiro

Em meio a certas tempestades
Navio algum é o bastante para
suportar as ondas do bravo

Um barco a vela então acena
Simples, singelo, sincero
Mais que basta.

sábado, 22 de maio de 2010

Sem flor

Momentos em que o tempo
Para.

O coração bate ritmado,

Estável.
dEsEsPeradO.
Tranquilo.
aflITO.

Fragmentos em que a alma
Para.

E olha ao redor,
por vezes assustada _consigo
_conmundo
_contudo.

Tenta abrir os olhos
Os poros
Os sentidos

....como uma criança
ainda confusa com o próprio tamanho.

Ouve ao fundo um canto,
rouco, mas um canto.

Ah! Um canto!

Chegue logo primavera!

domingo, 9 de maio de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

Minutos à beira

Sentar na grama e ver as águas do lago
deslizarem calmas
Caminham tranquilas e desaparecem ao
encontrar a borda

As árvores margeiam a dança suave
Folhas balançam ao ritmo da brisa
Nos pés, a grama faz cócegas como uma
criança brincalhona

Fecho os olhos e sinto ainda mais forte o
calor do sol
Brilho intenso de vida
Dá vontade de rir
Sorriem os olhos, a boca, a pele, o
espírito

O coração transborda e esvazia
Enche de luz, de amor
Desaparece tudo o que é contrário
Abre espaço para os versos simples
As mais verdadeiras e felizes poesias
Aquelas sem forma, sem estrutura
Que nascem do nada, e do tudo
Que estão em todo lugar...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Saudades

Saudades de divagar
de contar histórias da alma
fazer respirar o coração

as tardes de sol poente e vento suave
flores deslizando cor e perfume
olhares profundos a brilhar sentimento

parar tudo, esquecer as estruturas
da liberdade de cantar a essência
sem culpa, sem prisões

saudades dos rodopios
dos sorrisos leves
voar feito folhas soltas

saudades...

sábado, 17 de abril de 2010

Amar ao próximo como a ti mesmo


Fazer a diferença. Enxergar o próximo como um ser que merece respeito, seja ele um bom amigo, um parente, um desconhecido, um animal, uma árvore. Há dois mil anos, Jesus nos ensinou tudo o que precisamos para mudar o mundo e fazê-lo justo, bom e feliz.

Mudar o mundo. Este é o sonho de tanta gente. E comumente, o principal motivo para um jovem escolher o jornalismo como modo de vida. Mas será que os sonhadores estão despidos das vendas do egoísmo e da comodidade?

Silvana Andrade é uma jornalista que se livrou destas vendas. Há um ano e meio ela criou uma agência de notícias pioneira no Brasil, a
ANDA – Agência de Notícias de Direitos dos Animais.

A ideia surgiu a partir de uma matéria de um jornalista de O Globo, sobre a lei de regulamentação do uso de animais em experiências científicas, de 2008. Ao perceber que apenas cientistas eram ouvidos, ela indagou o repórter quanto ao “outro lado” da história.

“Mas tem outro lado?”

“Claro. Os animais. Se eles não podem falar, nós falamos por eles.”

Desta conversa nasceu uma empresa que é porta-voz dos animais, nossos amigos e irmãos.

Silvana contou esta e outras histórias, além de compartilhar seu conhecimento, informação e consciência, numa palestra na Universidade de Sorocaba, na noite de ontem, 16 de abril.

“O jornalista tem muita informação, pouco conhecimento e quase nenhuma consciência”

A maior parte do que é publicado sobre animais vai para seções de bizarros/curiosidades e polícia. Se um animal perde seu habitat, não é ele o culpado do acidente na estrada; fomos nós que invadimos seu espaço.

“Todo mundo é verde. Todos querem as florestas em pé. Mas o que de fato está sendo feito?”

“Você gostaria de viver numa jaula como os animais do zoológico?”
Tratado como entretenimento, os zôos são na verdade uma prisão de escravos com os quais nos divertimos aos fins de semana.

“Minha ética só pode ser questionada se eu tiver escolha”

Se há meios para diminuir o sofrimento dos animais, escolhamos ajudá-los.
Façamos a diferença.

Sejamos amor!


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Asas de borboleta

(Over me - Rodrigo Baez, Morella - Mexico)















Além da primeira camada há tantas outras...
há muito mais poesia por baixo das máscaras
que a prendem

O desafio é dar a elas liberdade

Se nós mantemos nossa própria beleza em casulos,
o que não fazemos com a dos outros?

(set 2009)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coração de retalhos

(Heart shaped pebbles - Lynn Van Beveren , Ghent, Belgium )

Pequenas partes
de um coração que se transforma

Fragmentos que dinamizam, compõem
Contam histórias, se dispõem

Coração de pedras
Alentadas pela suavidade

Duras pedras, pequenas
Rígidas como há em cada ser
Mesmo belo, ainda falho

Coração de retalhos
Que amanhã sejam areia


- Esta foto foi a primeira que encontrei em um site muito especial:

coldplay.com
Na continuidade da beleza e encanto de suas músicas, lá eles criaram
um espaço incrível de expressão: uma galeria de arte virtual.

Todos os dias uma foto, desenho, pintura ou vídeo é escolhida para estampar
a capa do site, tudo enviado por fãs do mundo todo.

domingo, 11 de abril de 2010

Primeiros passos

O primeiro respiro
O primeiro passo
A primeira palavra
O primeiro dia na escola

A primeira conversa
O primeiro namorado
A primeira dança
A primeira dor

Começos...

Estreias...

Descobertas...

Que venham muitos primeiros,
Que os ciclos se renovem.

Bem-vindos a mais um dos meus "primeiros"!